28 de novembro de 2012

Após conflito no bairro Serra, Comando da PM vai receber lideranças do local nesta quarta-feira

Com receio de novos tumultos, a Polícia Militar deslocou ontem agentes de várias unidades para o policiamento ostensivo durante todo o dia nas ruas e becos da favela (Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)Está marcado para às 10h, desta quarta-feira (28), uma reunião entre o Comando da PM do 22º Batalhão e lideranças do bairro Serra, na região Centro-Sul, onde vão ser debatidos os problemas ocasionados pelo conflito, entre moradores e policiais, que aconteceu nessa segunda-feira (26). 
O encontro vai acontecer na127ª Companhia da Polícia Militar, na rua Trifana, no bairro Serra. Na ocasião, o Comando vai pedir apoio dos moradores e vai demonstrar novas ações para o combate de possíveis novos conflitos. 
Uma pessoa morta 
O corpo do servente de pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva Souza, de 24 anos, que morreu na noite dessa segunda-feira (26) depois de ser baleado por um militar no Aglomerado da Serra, foi enterrado no fim da tarde dessa terça-feira (27), no cemitério da Saudade, na região Leste de Belo Horizonte. O velório foi realizado em uma igreja evangélica no Aglomerado. 
Apesar da revolta dos presentes, a cerimônia transcorreu de maneira tranquila. Cerca de cem pessoas foram até o cemitério prestar a última homenagem ao jovem. A Polícia Militar (PM) acompanhou de longe o cortejo até o local, porém não registrou nenhuma ocorrência. 
A mãe do jovem, Zelita da Silva, de 61 anos, afirmou que “está revoltada com a situação”.
Polícia vai investigar o crime
A Polícia Militar informou na manhã dessa terça-feira (27) que já instaurou inquérito para apurar as circunstâncias que levaram à morte de Helenílson. Em nota, a instituição ainda lamentou o ocorrido. O sargento de 38 anos, detido em flagrante, tem nove anos de profissão, sendo sete só de Grupo Especializado em Áreas de Risco (GEPAR). A morte ocorreu depois que integrantes da corporação invadiram o aglomerado à procura de dois homens que teriam sido responsáveis por uma "saidinha de banco" no bairro Funcionários, na região da Savassi. 
Um soldado e um cabo da polícia também participaram da perseguição à vítima, mas já foram liberados. 
Segundo o comunicado publicado no site da corporação, "no princípio constitucional da transparência e da imparcialidade, a PMMG vai apurar o fato e a responsabilidade de cada policial militar. Para isso, já está analisando as imagens gravadas pela imprensa, ouvindo testemunhas do caso e os policiais militares envolvidos na ocorrência. O objetivo é dar uma resposta rápida à população e, principalmente, aos familiares da vítima e moradores do aglomerado". 
Logo após a morte do morador, a Corregedoria enviou representantes ao aglomerado para acompanhar os desdobramentos do impasse e a confecção da ocorrência. 
Também esteve presente um oficial representando o Comando Geral da Polícia Militar, que passou para a imprensa as primeiras providências já adotadas. Foi lavrado o auto de prisão em flagrante do militar que efetuou o disparo e os demais militares envolvidos na ocorrência serão investigados por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).
A Polícia Militar informou, ainda, que "em atendimento a recente solicitação de moradores do aglomerado, intensificou o policiamento ostensivo na região para aumentar a segurança e coibir o tráfico e uso de drogas". 
Fonte. OTempo
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1 comentários:

Anônimo disse...

Só falta agora a PMMG pedir perdão aos traficantes por ter exterminado um dos tentáculos do tráfico na Serra, uma verdadeira palhaçada.